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Debate: Ordenamento do território, cidades, transportes e comunicações

Debate: Ordenamento do território, cidades, transportes e comunicações


A sexta e última sessão temática de divulgação, informação e sensibilização pública para a temática das Alterações Climáticas, promovida pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) teve lugar na quarta-feira, 15 de junho, no auditório da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco (EST-IPCB). No próximo dia 29 de junho será apresentada a primeira versão do Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas da Beira Baixa (PIAAC-BB).

Na sessão de abertura, Fernando Reinaldo Ribeiro, o diretor da (EST-IPCB), destacou a importância na discussão desta problemática em contexto académico e público. Na sua intervenção Fernando Jorge, presidente do Município de Oleiros, fez questão de lançar algumas questões para debate, a saber: a barragem do Alvito terá ou não razão de ser? a sensibilização para a poupança da água, não deveria ser financiada pelo poder central, assim como a sua reutilização? Ambiente, a Economia, a Sociedade – serão áreas incompatíveis no nosso desenvolvimento?

Na primeira intervenção, Teresa Andresen abordou as questões intrínsecas ao ordenamento do território quanto ao seu regime de ocupação, uso e transformação do solo, e questões relativas à gestão da paisagem, nas medidas e nas ações para uma intervenção mais ativa. “Estamos perante novas políticas, novos instrumentos, novas catástrofes naturais, novas crises humanitárias e novas tendências e valores”, sublinhou. “Que paisagem queremos em 2030 na Beira Baixa?”, questionou, deixando mesmo algumas pistas - “estamos perante coisas simples que passam pela gestão, conservação e proteção ativas”, defendeu.

Paulo Marques, da Allbesmart Lda e docente do IPCB, abordou o tema das Cidades Inteligentes e como estas podem adaptar-se às Alterações Climáticas, enunciando ações concretas, designadamente o projeto piloto da rega remota e inteligente no Parque das Violetas, em Castelo Branco; a monitorização remota da qualidade da água no rio Tejo com o município de Vila Velha de Rodão; projeto City Action, postes de iluminação solar em Castelo Branco; realidade aumentada para apoio à operação de redes de água na região de Aveiro; os sistemas inteligentes de transporte (ITS). “Curiosamente foi o progresso tecnológico que causou o problema e será a tecnologia a resolver ou mitigar esse problema”, a Beira Baixa funcionará assim como um “laboratório de teste de medidas de combate às Alterações Climáticas”, concretizou.

Ana Daam, da Agência Portuguesa do Ambiente reconheceu o “inegável papel dos Municípios e das Comunidades Intermunicipais”. Além da abordagem dos riscos das Alterações Climáticas e dos eventos extremos, a responsável fez um enquadramento da política climática nacional e europeia e sobre a evolução das políticas de adaptação às Alterações Climáticas em Portugal. “É essencial a integração da adaptação nas diversas políticas públicas, o que constituí um desafio, mas também uma inevitabilidade, sob pena de não preparar convenientemente o território e as populações para os impactos”, concluiu.

 

No final desta intervenção seguiu-se o debate livre, com moderação de Fernando Reinaldo Ribeiro, diretor da (EST-IPCB). João Carvalhinho, 1º Secretário do Secretariado Executivo da CIMBB, encerrou a 6ª Sessão destacando o “excelente momento de participação e partilha”. Acredita que o PIAAC-BB será “o melhor roteiro e o mais adequado para a Beira Baixa” e “não será para ficar na gaveta”, afiançou. “Este é o nosso compromisso e isto significa que a CIMBB e os municípios da BB não cruzam os braços perante este enorme desafio societal”, concluiu.

Finda esta fase de discussão sobre diferentes temáticas já abordadas, será criado e implementado o Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas da Beira Baixa (PIAAC-BB).  A sua apresentação preliminar acontece no dia 29 de junho, para que seja alvo de discussão pública a posteriori nos meses seguintes. 

O PIAAC-BB é cofinanciado pelo PO SEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, pelo Portugal 2020 e pelo Fundo de Coesão da União Europeia.

24 de junho 2022